“Do mar vinham sopros que a razão não controlava. São próprios do mar esses sopros que, ao correr das eras, nunca a razão controlou e ainda não controla. Sempre chegaram ténues, mas puros, às vezes escaldantes até, e, nesse rigor, sempre se deixaram morrer sobre a terra em brasa, onde búzios não há e tudo se esfuma por via de satânicas emanações de calor. A essa terra nunca o mar chegara...”
Ilustração e design de livro para a Escola Portuguesa de Moçambique, 2025.

“Nasci e sempre vivi perto do mar. As minhas memórias mais antigas mergulham no brilho das pequenas ondas que avançavam e recuavam em torno dos meus pés, sobre o areal branco da praia. Não consigo imaginar a minha vida longe da respiração do Oceano e foi a hipótese de alguém nunca o ter visto que me levou a escrever esta estória." Emília Ferreira