Reinata Sadimba | Gianfranco Gandolfo

Design e paginação de livro. Os retratos de Reinata são de Mário Macilau.

   

Capa do livro.

   

  

 

Uma vida difícil. Reinata nasce em 19451, em Homba, uma pequena aldeia do planalto de Mueda. Sua mãe é Verónica Ngwalenje e o pai Sadimba Mashemba. O pai morre quando ela é ainda criança, deixando-a sozinha com a mãe e três irmãos. Ainda jovem casa e tem três filhos, mas o seu casamento, combinado pelas famílias, não dura muito tempo. Nos anos 60, durante a luta armada de libertação nacional, conhece o guerrilheiro que viria a ser o seu segundo marido e com quem teria mais filhos. Reinata participa na luta de libertação transportando materiais bélicos mas também produzindo os recipientes de barro necessários para as diferentes funções da vida dos militares. Conseguida a independência do País à custa de muitos sofrimentos e sacrifícios, todos os moçambicanos sonham com uma vida melhor, porém, para Reinata, chegam outros momentos difíceis: em 1975, o segundo casamento termina também e ela cai num estado de profunda depressão. Durante a guerra e nos primeiros anos após a independência, morrem sete dos seus filhos. Assim, em 1983, Reinata fica sozinha com o seu último filho ainda pequeno, Samuel. Nimu, onde vive na altura, é uma das aldeias do planalto de Mueda, berço da etnia maconde, uma sociedade matrilinear. Reinata é uma mulher muito original e independente... do livro, pág.23

 

 

O autor, Gianfranco Gandolfo, arquitecto, chega a Moçambique em 1984. Até 1989, inserido num projecto da cooperação italiana, trabalha como docente e formador, ligado à disciplina de Educação Visual. Entre 1996 e 1999 é consultor do Departamento de Museus do Ministério da Cultura, no Projecto «Arte Makonde», financiado pela União Europeia. Foi curador de várias exposições de arte.

Tem textos de Alda Costa, Esmeralda Mariano, Gianfranco Gandolfo, Jorge Dias, Júlio Carrilho

É uma edição Kapicua, 2012. 

 

 

Gianfranco e Reinata no lançamento do livro em Maputo
Foto de Sérgio Santimano