A borbolenta | Mia Couto

 

Ilustração para crónica na Pública (revista do Público).  2002

 

"Quando enviuvou, Mendoinha se internou com suas tristezas na casinha que lhe destinaram. Costurava o dia inteiro. Nascente ao poente, seus dedos entortados meandravam entre linhas e panos. Os familiares se preocupavam. Que ela outro nenhum fazer desempenhava. Apenas aquele infinito costurar. Como se nos panos ela entendesse remendar a sua própria vida.
– Deixem-na. Ela, assim, se entretém..."